Dívidas é bom ou mau?
29 de Março, 2023
Certamente já ouviu dizer: “Longe de dívidas”, “ nunca fiques a dever nada a ninguém”, “As dívidas vão-te levar à ruína".
E a verdade é que isso pode não estar errado. É relativo!
E porquê que é relativo?
O que faz a diferença entre a dívida ser boa ou má é a forma como é usada.
– A dívida que é má é aquela que é contraída para o consumo (especialmente as dívidas com juros altos).
– A dívida que é boa é aquela que é contraída para investimentos, ou seja, para gerar retorno.
(inexperientes)
No entanto é importante frisar que mesmo sendo para investimento, (especialmente se for alguém inexperiente), ela deve ser usada com moderação, ou seja, não devemos estar 100% alavancados pela dívida (especialmente se forem dívidas com juros altos).
O que significa não estar 100% alavancado? Significa que se temos um projeto de investimento de 100.000€, não devemos fazer uma dívida de 100.000€.
(continuando)
Mesmo sabendo que quem faz a dívida boa ou má é a pessoa que a contrai, devemos estar conscientes da dívida que vamos contrair.
De forma muito resumida podemos encontrar 3 dívidas mais típicas:
– Cartão de Crédito;
– Crédito Pessoal;
– Crédito Habitação/hipotecário.
CARTÃO DE CRÉDITO
Apesar das vantagens do cartão de crédito, desde cashback, acumulação de milhas e de poder ser usado durante um período de tempo sem pagar juros, eu recomendo que quem não tem as suas finanças organizadas e o mínimo de disciplina se mantenha bem longe dele.
Quem tem um bom conjunto de ativos, finanças organizadas e é disciplinado pode perfeitamente utilizar o cartão de crédito e obter os benefícios associados. Recomendo que use o cartão apenas para pagamentos pois não existem juros associados, e nunca em levantamentos (cash-advance) devido aos juros.
O cartão de crédito pode também ser usado (quando é possível) para negócios onde existam transações rápidas desde que a promessa da realização do negócio esteja dentro do prazo da liquidação do cartão.
CRÉDITO PESSOAL
Este tipo de crédito pode ser usado para investimentos. Conforme disse antes, recomendo prudência a quem utilizar este crédito, principalmente aos inexperientes. Eu recomendaria este crédito APENAS como suplemento em operações com histórico forte comprovado. E repito, como suplemento, ou seja, em conjunto com capitais próprios.
Caso tenha liquidez reduzida devido a investimentos, o risco deve ser calculado através dos fluxos de caixa obtidos ao longo do tempo, de forma a poder cobrir o pagamento do crédito em caso de fracasso.
CRÉDITO HABITAÇÃO/HIPOTECÁRIO
Geralmente o risco deste crédito é mais reduzido devido à sua diluição no tempo e juros mais baixos.
Podem afirmar: “Mas com este crédito estamos limitados ao investimento imobiliário”.
ERRADO!
Este não é um artigo que explica como utilizar este crédito para outras finalidades. Mas uma das fortes vantagens do crédito habitação/hipotecário é que podemos utilizar um bem imóvel para fazermos os investimentos que quisermos!!
O grande problema deste crédito pode ser de novo o seu utilizador pois como é um crédito muito mais barato, é mais fácil de o usarmos para o consumo (férias, carros, etc). E a verdade é que é melhor ter este crédito do que o crédito pessoal ou automóvel.
Se este crédito for bem utilizado, podemos criar uma verdadeira fortuna.
Conclusão
O crédito deve ser usado sempre que possível como suplemento e não como substituto.
Quando isto não é possível devemos ir buscar as garantias aos fluxos de caixa passados. Se tem baixa liquidez, vários ativos, teve nos últimos 5 anos fluxos de caixa muito positivos e os negócios estão saudáveis, é caso para dizer que tem segurança para se alavancar, precisa é de decidir em quanto.
A dívida terá de ser sempre com o intuito de aumentar os fluxos de caixa, caso contrário a dívida vai diminuir os fluxos de caixa, ou seja, aumentará o passivo.
Seja prudente ao utilizar a dívida.
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Investir sozinho é muitas vezes um desafio porque geralmente temos pouco poder de compra, ou seja, pouco poder de negociação.
Quem investe em imobiliário geralmente não compra muitos imóveis de uma só vez e muito menos ao mesmo proprietário. Desta forma perde quase por completo a maior vantagem que existe no imobiliário, negociar volume com alguém que detém muitos imóveis.
Comprar 5 imóveis, é completamente diferente de comprar 50 imóveis ao mesmo proprietário, o desconto é muito maior. O mesmo acontece no setor automóvel (que também investimos). Negociar 500 carros com um stand é completamente diferente de comprar 50 carros.
Na negociação de volume fazem-se muitos negócios melhores do que os que podemos encontrar em leilões, e arrisco-me a dizer que praticamente em 100% das vezes compramos produtos em muito melhor estado do que nos leilões.
Se pretende saber se pode juntar-se a nós contacte-nos
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